Marca Del Lima, de empresárias gaúcha e catarinense, tem peças comercializadas em loja do shopping Dubai Mall, nos Emirados. Linha 'high luxury' leva pedras como diamante, esmeralda e rubi.
As joias da marca Del Lima, de duas empresárias brasileiras, são conhecidas pelo uso farto dos diamantes. Todas levam ouro 18 quilates. As peças da coleção “high luxury” – ou alto luxo - são vendidas a partir de US$ 80 mil e as da linha comercial a partir de US$ 1,5 mil. E os produtos têm em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o seu segundo maior mercado no mundo, segundo informações de uma das suas sócias diretoras, a gaúcha Ali Pastorini.
Pastorini, que é da área de marketing e nasceu em Bagé, leva o negócio adiante com a catarinense Dione de Lima, de Joaçaba. As duas amigas tinham em comum o gosto pelas joias e resolveram criá-las para uso próprio. Foi após chamar a atenção com as peças em eventos e festas que elas resolveram apostar em um negócio. Pastorini estava trabalhando com marketing de eventos esportivos nos Estados Unidos e Dione com arquitetura no Brasil.
“Sabe aquele momento na vida em que você sente que pode ir além?”, conta Pastorini sobre ela e sua sócia. Assim as duas começaram a colocar as peças no mercado em 2011. A base da empresa é no Arizona, Estados Unidos, mas as joias são comercializadas em seis lojas no Brasil, Estados Unidos, Emirados, Panamá e França. No mercado norte-americano, a fabricação é própria e nos demais países a produção é terceirizada. Mas Pastorini faz questão de frisar que a escolha dos fornecedores é criteriosa. Dione é quem cria a maioria das joias.
Em Dubai são vendidas apenas as peças “high luxury”. Esta linha leva diamantes e outras pedras de alto valor como tanzanita, turmalina Paraíba, kunzita, morganita, rubi e esmeralda. Já na linha comercial, que não é vendida para os árabes, as joias são feitas com pedras como quartzo e citrino. Mas mesmo as desta outra linha são feitas com ouro 18 quilates. Na linha mais sofisticada, o valor das peças pode ficar entre US$ 300 mil e US$ 400 mil. Os itens mais produzidos, que são carro-chefe da marca, são os brincos e os anéis.
Pastorini conta que as vendas nos Emirados, que são feitas em uma loja do Dubai Mall, começaram em outubro de 2013. Um empresário árabe, membro da família real do emirado, viu as brasileiras usando as joias da marca em Londres, na Inglaterra. Ele se interessou pelos produtos e acabou virando representante da grife em Dubai. O estabelecimento que as comercializa no emirado é deste empresário, cujo nome a gaúcha prefere não divulgar.
Pastorini conta que ela e sua sócia gostam muito de usar pedras com cores azul e rosa nas joias, o que fecha com o gosto dos consumidores árabes. Há também a predileção pelos diamantes. “Para eles (árabes) se não tem diamante não é joia”, afirma a empresária. A marca também negocia para entrar no mercado do Catar, mas não tem planos para toda a região. Ela acredita que os Emirados são o mercado árabe mais interessado em parcerias internacionais e que nos demais países, exceto Catar, a entrada seria mais complexa.
Pastorini é também diretora de Marketing da Bolsa de Diamantes do Panamá. A Del Lima ingressou na bolsa como membro e logo depois a gaúcha foi convidada para o cargo. A bolsa é a primeira do tipo na América Latina, é de capital privado e comercializa desde diamantes e outras pedras, até ouro, prata e joias prontas.
Del Lima
Site: www.dellima.com
FONTE: www.anba.com.br
Isaura Danielisaura.daniel@anba.com.br
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